O Centro de Instrução e Operações na Caatinga (CIOpC) é, atualmente, o estabelecimento destinado à formação do Combatente de Caatinga do Exército Brasileiro.
O CIOpC, que é vinculado ao 72º BIMtz – a “Casa do Combatente de Caatinga” – possui um campo de instrução para as atividades de formação do aluno e o Parque Zoobotânico da Caatinga, que é o seu apoio para as instruções de fauna e flora.
No CIOpC são ministrados o Estágio de Adaptação à Caatinga, com duração de uma semana, e o Estágio de Adaptação e Operações na Caatinga, com duração de duas semanas.
As atividades de instrução desenvolvem-se em ritmo intenso, buscando reproduzir as condições de combate em área de Caatinga.
O CIOpC, que é vinculado ao 72º BIMtz – a “Casa do Combatente de Caatinga” – possui um campo de instrução para as atividades de formação do aluno e o Parque Zoobotânico da Caatinga, que é o seu apoio para as instruções de fauna e flora.
O CIOpC teve sua semente lançada no ano de 1984, quando uma comitiva chefiada pelo General-de-Divisão HARRY ALBERTO SCHNARNDORF, Comandante da 7ª RM / 7ª DE, veio ao 72º BI Mtz com a finalidade de realizar pesquisas, colher informações e obter conhecimentos para a elaboração de uma doutrina inicial para a formação de um combatente especializado e apto a operar no ambiente de Caatinga.
Já no ano seguinte, no dia 24 de fevereiro, realizou-se o primeiro Estágio de Operações na Caatinga, com duração de uma semana, tendo como Diretor o Coronel de Infantaria João LEITÃO Alencar, então comandante do 72° BI Mtz. A equipe de instrutores era composta pelos seguintes militares: Major Álvaro de Souza Pinheiro, Major Luis Carlos Gomes Mattos e Capitão José Ricardo Godinho Rodrigues. A turma pioneira teve como concludentes 20 oficiais do Comando Militar do Nordeste (CMNE).
Oito anos mais tarde, em janeiro de 1993, criou-se o Núcleo de Subunidade Escolar(NuSuEs), com a missão de conduzir os Estágio de Operações na Caatinga, tendo como seu primeiro Comandante o então Capitão de Infantaria Heitor Bezerra LEITE, como Instrutor o 2º Tenente Wander Robson Caetano Padilha e, como monitores, os Sargento Francisco Evilasio Rodrigues Duarte, José Ribamar da Silva Nunes e Valmir Vieira Barbosa. Ainda no mesmo ano, foi realizado o 1º Intercâmbio de Cooperação de Especialistas (ICE), envolvendo oficiais do Estado-Maior do Exército, oficiais do Exército dos Estados Unidos da América que participaram da Guerra do Golfo e oficiais do NuSUEs, quando foram discutidas semelhanças e diferenças entre o combate na Caatinga e em regiões de desertificação.
Em 1996, após inúmeros intercâmbios e troca de experiências, foi realizado o primeiro Estágio de Adaptação e Operações na Caatinga com duração de duas semanas, composto de uma fase de adaptação e outra de operações, nos moldes dos estágios que até hoje são desenvolvidos. No dia 21 de Dezembro de 2005, por meio da Portaria n° 208, o Estado Maior do Exército aprovou as Diretrizes de Implantação do Centro de Instrução de Operações na Caatinga (CIOpC).
No CIOpC são ministrados o Estágio de Adaptação à Caatinga, com duração de uma semana, e o Estágio de Adaptação e Operações na Caatinga, com duração de duas semanas.
As atividades de instrução desenvolvem-se em ritmo intenso, buscando reproduzir as condições de combate em área de Caatinga.
Em meio à sequidão do Sertão, a visão de um umbuzeiro pode ser um verdadeiro oásis. A planta vira solução para quem quer matar a sede sob o sol inclemente da região. E o que fazer diante de aranhas, escorpiões? Estas lições são algumas das muitas ensinadas aos soldados do Exército no Centro de Instrução de Operações na Caatinga (CIOpC), subordinado ao 72° Batalhão de Infantaria Motorizado (72° BIMtz), que situa-se em imóvel da União, conhecido por Fazenda Tanque do Ferro, jurisdicionado ao Ministério da Defesa – Exército Brasileiro, passando a ser chamado de Campo de Instrução Fazenda Tanque do Ferro (CIFTF). A sua área é de 2.817,51ha . Localiza-se próximo a localidade de Jutaí, a 108 Km de Petrolina-PE.
O CIFTF está totalmente inserido em área coberta pelo bioma caatinga e é afastado em relação aos grandes centros urbanos. Tais características fazem deste campo de instrução um local perfeito para o desenvolvimento da doutrina e da pesquisa a respeito das operações militares em ambiente operacional de caatinga.
Os soldados que fazem o estágio no CIFTF são distribuídos em vários batalhões do Exército no País - entre eles o 72º Batalhão de Infantaria Motorizado (72 BIMTz), em Petrolina. Por ano, acontecem em média sete estágios. Os alunos devem passar por este estágio para conhecer o ambiente onde a unidade militar está inserida. Além disso, outras organizações militares, como a Brigada de Infantaria Pára-quedista, sempre enviam militares para serem treinados na Fazenda Tanque de Ferro.
Os estágios de adaptação à caatinga duram até 15 dias e, nesse período, os militares recebem instruções sobre alimentos de origem vegetal e animal; processo de orientação na caatinga (bússola e GPS); efeitos do calor e primeiros socorros; características da área de operações.
Após uma semana de aula, os futuros combatentes de caatinga recebem uma "missão" e é aí onde colocam em prática todos os fundamentos adquiridos durante a semana de instrução. Na Fazenda Tanque de Ferro, que serve como base para o Centro de Instrução, há uma estrutura composta por alojamentos, casa-sede, copa, enfermaria e salas para instruções.